A pandemia foi um momento em que foi possível pautar mais uma vez a falta de infraestrutura pública nos territórios brasileiros. Com o avanço do Neoliberalismo a partir da década de 90, cada vez mais o Estado está sendo reduzido e estabelecido simplesmente como financiador de objetivos privados. Porém, essa realidade positiva e não normativa possibilitou as ocorrências vistas aqui em Manaus, pessoas, assim como o Estado, sufocando pela falta de infraestrutura necessária para a população. Porém, todo esse cenário não foi ocorrência do acaso, mas sim das escolhas das políticas, ou melhor, da escolha de não desenvolver políticas públicas, fato que é um ato político, possibilitar a ausência. Mas na ausência de poderes e em meio a isso, há o caos. Caos representados, tristemente, por diversas covas aqui em minha cidade e por todo o Brasil. Imagem muito utilizada pela mídia para representar as dificuldades que a Covid-19 inseriu no país e no mundo, as quais apenas um Estado social conseguiria solucionar através de políticas de vacinação, assistencialismo, inclusão, etc. Características que o Bolsonaro não possuía, mas tentou transfigurar em meio a sua candidatura de 2022 para conseguir atrair a população mais pobre, em geral, religiosos conservadores e evangélicos.